quinta-feira, outubro 03, 2013

Resenha #42 - A Culpa é das Estrelas




Nome do livro: A Culpa é das Estrelas
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580572261
Páginas: 288
Lançamento: Julho/2012


A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.


Senhor, dê-me serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que posso, e sabedoria para reconhecer a diferença entre elas. 

Confesso que ainda não consegui formar a minha opinião sobre esse livro. Foi simplesmente fantástico poder acompanhar a batalha de Hazel e Augustus contra o câncer. É incrível como um livro de ficção pode descrever tão bem os sentimentos reais de quem possui a doença. Sempre tive vontade de ler esse livro, acabava sempre adiando, mas sempre soube o quão especial ele era, por tudo que já tinha ouvido à respeito dele. John Green é simplesmente um gênio que escreveu um livro perfeito, que tenho certeza, nunca será esquecido por todos nós que já o lemos. Nunca esqueceremos também, nossos sentimentos, ações e pensamentos durante a leitura. É algo intenso, verdadeiro demais. E como diria Markus Zusak, o autor de "A Menina que Roubava Livros": "Você vai rir, vai chorar e ainda vai querer mais." E é o que acontece quando você vira a última página. Você quer, você precisa de mais.

- Meus medos?
- É.
- Eu tenho medo de ser esquecido - disse ele de bate pronto - Tenho medo disso como um cego tem medo de escuro. 


Hazel Grace - Só Hazel, por favor! - tem 16 anos, e há 3, luta contra um câncer de tireoide com metástase nos pulmões, e é uma paciente terminal. Mesmo que tenha encolhido, sua doença não tem cura. O que a deixa sem saber quanto tempo ainda têm de vida.

A verdade é que Hazel, há algum tempo, já aceitou seu destino. A única coisa que a deixa preocupada e principalmente a faz se sentir culpada, é como seus pais reagiriam à sua morte, e como enfrentariam isso. Seu pai trabalha, mas sua mãe dedica todo o seu tempo para cuidar da filha. E Hazel se sente culpada por isso também. Ela quer que seus pais aprendam a viver sem ela, façam algo na vida que não seja para ela, que eles vivam suas próprias vidas.

- Você nem me conhece direito. - Peguei o livro de dentro do console. - Que tal se eu ligar para você assim que acabar de ler isto?
- Mas você não sabe qual é o número do meu telefone - ele disse.
- Tenho motivos para acreditar que você anotou o número no livro.
Ele abriu aquele sorriso meio bobo.
- E você ainda diz que a gente não se conhece direito. 

Hazel frequenta o Grupo de Apoio para Jovens com Câncer, onde iam pessoas de 12 à 18 anos, que tinham a doença, e também quem já havia se curado dela. Hazel sempre achou aquilo um tédio, e só continuava a ir até lá por causa da insistência de sua mãe. Ela e Isaac, um garoto cego de um olho por causa do câncer, dividiam suspiros de tédio e ironia durante as reuniões, sempre que escutavam a mesma conversa de sempre, o que acabou fazendo com que nascesse uma amizade entre os dois.

Não era a primeira vez de Hazel no Grupo de Apoio, mas era a primeira vez de Augustus Waters. Ele era lindo, tinha olhos azuis tão profundos, que se os encarasse por muito tempo, você poderia jurar que estava enxergando sua alma. Ele tinha perdido uma perna quando ainda estava com Osteossarcoma, que é um câncer nos ossos, e muito fácil de ter uma metástase para os pulmões, por isso, ele usava prótese, e era amigo de Isaac. Hazel automaticamente se encantou por ele, e aos poucos os dois foram se tornando amigos.

- Todo salvamento é temporário - o Augustus retrucou. - Eu proporcionei a elas mais um minuto. Talvez esse seja o minuto que vai proporcionar a elas mais uma hora, que é a hora que vai proporcionar a elas mais um ano. Ninguém vai dar a elas uma quantidade infinita de tempo, Hazel Grace, mas a minha vida deu a elas mais um minuto. E isso não é pouco. 

Por causa de seu câncer que havia se espalhado para seus pulmões, Hazel precisava sempre andar carregando um carrinho com um cilindro de oxigênio com ela, para que nunca a faltasse ar, já que seus pulmões não conseguiam respirar sozinhos.

A cada minuto que passa ao lado de Gus, ela acaba se apaixonando ainda mais. Mas ela diz que eles não podem ficar juntos e que precisam ser apenas amigos, não é o que ela quer, mas é o que julga ser necessário. Ela se autodenomina como sendo uma "granada", que quando explodir, machucará todos que a amam. Ela sabe que é inevitável que seus pais sofram, mas não quer que Augustus passe por isso. Mas ela não consegue ficar longe por muito tempo, os dois são apaixonados um pelo outro. Um casal bem diferente, na minha opinião, mas totalmente perfeitos.

- Okay.
- Okay.
- Ai, meu Deus, pare de flertar comigo! 
Hazel é apaixonada por livros, e seu favorito é "Uma Aflição Imperial", e o apresenta para Augustus, mas o diferente deste livro, é que ele termina no meio de uma frase, e as pessoas não sabem realmente o que aconteceu no final da história. Como Hazel já havia enviado várias cartas ao autor, mas ele nunca havia respondido, Gus usa seu Desejo - privilégio de crianças com Câncer - e vai para a Holanda com Hazel e a mãe dela, para finalmente conhecerem Peter Van Houten, o autor de "Uma Aflição Imperial", para conseguirem as respostas para todas as suas perguntas.

Durante a viagem, há uma reviravolta na vida de Hazel e Gus, algumas boas, outras nem tanto. Mas que serviu para ela poder provar à Gus o quanto o amava, e o quanto permaneceria ao seu lado, independente das circunstâncias.

Mesmo não gostando, sei que isso foi necessário, é a realidade. Pacientes terminais morrem. Mas deixam para trás lembranças e sentimentos, e Gus Waters é a prova disso.

- Estou apaixonado por você - ele disse, baixinho.
- Augustus - falei.
- Eu estou - ele disse, me encarando, e pude ver os cantos de seus olhos se enrugando. - Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você.  

Uma dica para quem ainda não leu este livro: Tá esperando o que? Corre e leia agora! É o livro mais perfeito que já li em toda a minha vida. John Green sabe como nos prender, nos fascinar. É impossível deixar o livro de lado enquanto não chegar à última página. Você ri, se encanta, e se apaixona por Gus Waters, assim como a Hazel. Mas já te aviso, você também vai chorar, muito.

É incrível a maneira como John escreveu esse livro, as sensações que nos passa através das páginas. Simplesmente fantástico. Demorei para lê-lo, mas quando li, foi uma coisa única.

- Não quero nunca fazer uma coisa dessas com você - falei para ele.
- Ah, eu não ia me importar, Hazel Grace. Seria uma honra ter o coração partido por você. 

A narração fica por conta da Hazel, que nos mostra a história através de seus olhos. Achei ela uma verdadeira guerreira, que luta com unhas e dentes para permanecer viva, e ajudar aqueles que ela ama. Adorei ela.

A diagramação do livro também é muito bem feita, e a capa então, nem se fale! Não tem nada de extraordinário, mas ela é simplesmente fantástica, me conquistou desde que coloquei os olhos nela. Com certeza se tornou meu livro preferido! John Green tem estilo, sabe o que escreve, e tem um dom. Tem o dom de não nos deixar desistir do que queremos, porque por mais complicado que as coisas sejam, sempre há uma saída. Livro totalmente recomendado.

Alguns infinitos são maiores que outros.


Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros. Um escritor de quem costumávamos gostar nos ensinou isso. Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Queria mais números do que provavelmente vou ter, e, por Deus, queria mais números para o Augustus Waters do que os que ele teve. Mas, Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso.

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12 comentários:

  1. Li já faz algum tempo, e lembro que foi uma leitura super rápida e dinâmica.
    A narrativa do John Green é boa, não muito difícil, mas também não simples.
    Porém achei a história "fraca", não fiquei encantada, só isso. Gostei do Gus, mas a Hazel é um pouquinho insuportável. Outra coisa que me incomodou muito é o fato de que eles, com algumas exceções, não param de falar na doença. Sei lá, tive a impressão de que verdadeiramente eles não levam na esportiva. Bem que deveriam, todo o contexto seria mais "leve", mais engraçado.
    O final foi um imprevisível. Também não gostei. Ainda não me conformo.
    Enfim, achei a história legal mas não surpreendente.

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  2. Ah, desde que eu peguei o primeiro capitulo de amostra grátis na livraria estou ansiosa para ler esse livro. Agora, então, nem se fala!

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  3. Nossa comprei este livro há algum tempo e não consegui ler ainda ( acho que por medo de me decepcionar), mas quero ler em breve e matar minha curiosidade e ter uma opinião formada pelo livro. Bjuss

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  4. Já li e não achei tudo isso que comentam KKKK
    Espero mudar de opinião quanto ao autor com os outros livros dele.

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  5. Li o livro q alguns meses atras, foi o meu primeiro livro do autor, li mais por curiosidade no tema até gostei mas não achei tudo isso que as pessoas falam não chorei nem nada, me pareceu interessante mas o final parecia q algo estava faltando assim como o livro q a hazel tanto queria entender o final, bom to lendo agora Quem é você Alasca? espero me surpreender

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  6. Li o livro q alguns meses atras, foi o meu primeiro livro do autor, li mais por curiosidade no tema até gostei mas não achei tudo isso que as pessoas falam não chorei nem nada, me pareceu interessante mas o final parecia q algo estava faltando assim como o livro q a hazel tanto queria entender o final, bom to lendo agora Quem é você Alasca? espero me surpreender

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  7. Li o livro q alguns meses atras, foi o meu primeiro livro do autor, li mais por curiosidade no tema até gostei mas não achei tudo isso que as pessoas falam não chorei nem nada, me pareceu interessante mas o final parecia q algo estava faltando assim como o livro q a hazel tanto queria entender o final, bom to lendo agora Quem é você Alasca? espero me surpreender

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  8. Li o livro q alguns meses atras, foi o meu primeiro livro do autor, li mais por curiosidade no tema até gostei mas não achei tudo isso que as pessoas falam não chorei nem nada, me pareceu interessante mas o final parecia q algo estava faltando assim como o livro q a hazel tanto queria entender o final, bom to lendo agora Quem é você Alasca? espero me surpreender

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  9. Foi um dos melhores livros que eu já li e não é por causa do romance, da comoção causada pela doença, claro que eu gostei disso também, mas o que mais me agradou foi o final, o John me fez pensar de um maneira o livro inteiro, eu tinha certeza absoluta de que o final seria aquilo que eu pensava e ele simplesmente mudou tudo, e eu amei, ao mesmo tempo que odiei, isso.

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  10. aaah livro mais perfeito de todos,não tenho nem o que dizer,com final inesperado.Ameeei.! *---*

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  11. Melhor livro do Green ♥
    doprefacioaoepilogo.blogspot.com.br

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