quarta-feira, agosto 27, 2014

Resenha #64 - Dezesseis Luas

Nome do livro: Dezesseis Luas
Autoras: Margaret Stohl & Kami Garcia
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501086914
Páginas: 485
Encontre-o: Skoob | Orelha de Livro
Compre-o: Saraiva | Submarino | Americanas

Havia apenas dois tipos de gente em nossa cidade. "As burras e as empacadas", que foi como meu pai afetuosamente classificara nossos vizinhos. "Os que estão condenados a ficar ou são burros demais para ir embora. Todos os outros acham um meio de fugir". Não havia dúvida sobre qual dos dois ele era, mas eu nunca tinha tido coragem de perguntar o motivo. 

Sinopse: Ethan é um garoto normal de uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos e totalmente atormentado por sonhos, ou melhor, pesadelos com uma garota que ele nunca conheceu. Até que ela aparece... Lena Duchannes é uma adolescente que luta para esconder seus poderes e uma maldição que assombra sua família há gerações. Mais que um romance entre eles, há um segredo decisivo que pode vir à tona. Eleito pelo Amazon um dos melhores livros de ficção de 2009. Direitos de tradução vendidos para 24 países. Um filme da série está sendo produzido. "Pacote completo: um cenário assustador, uma maldição fatal, reencarnação, feitiços, bruxaria, vudu e personagens que simplesmente prenderão o leitor até o fim..."
- Então ela é automaticamente esquisita, e por quê? Porque ela não está de uniforme, cabelo louro e saia curta?
- Porque ela é uma Ravenwood. 


Lena Duchannes não falou comigo de novo, nem naquele dia, nem naquela semana. Mas isso não me impedir de pensar nela e nem de vê-la em praticamente todo lugar para onde eu tentava não olhar. Não era apenas ela que estava me incomodando, para dizer a verdade. Não era a sua aparência - Lena era bonita, apesar de ela estar sempre usando as roupas erradas e aquele tênis surrado. Não era as coisas que ela dizia na aula, normalmente coisas em que ninguém mais teria pensado, e que, se tivessem pensado, era algo que não ousariam dizer. Não era o fato de ela ser diferente de todas as outras garotas da Jackson. Isso era óbvio.
Era que ela me fez perceber o quanto eu era como os outros, mesmo quando eu queria fingir que não era. 


Nossa história gira em torno de Ethan, um garoto comum com uma vida monótona. Desesperado para sair de Gatlin, uma cidade ainda mais monótona, onde nada novo nunca acontece e acaba parecendo estar parada no tempo pelo fato de as pessoas nunca mudarem suas rotinas, seus pensamentos e suas atitudes.

Ethan sofre pela recente perda da mãe em um trágico e misterioso acidente de carro, assim como também sofre pela "perda" da presença de seu pai, que após o acidente da esposa, confina-se em seu escritório, trocando o dia pela noite e tornando-se assim o "Boo Radley" de Gatlin.

Com a ausência da mãe, a governanta da família de Ethan, Amma, toma a imagem de mãe e zeladora do lar dos Wate. Amma é o que Ethan chama de porto seguro em sua vida. Mas ela não é uma mulher qualquer. Amma é supersticiosa, e também a vidente mais procurada de Gatlin. Ela têm a seu lado os Grandes Espíritos, que a auxiliam em tudo. Amma conhece mais do mundo sobrenatural e secreto dos Conjuradores do que Ethan jamais imaginara. E o que o livro não nos mostra, pelo menos não no começo, é que a baixinha e frágil governanta é do tipo queda dura. Amma, assim como Macon fazem grande parte da história parecer própria deles.

Ethan, com o tão intenso desejo de algo novo que movimente a pacata cidade, torna-se eufórico ao descobrir a chegada de uma nova habitante local, Lena Duchannes. Mas parte de sua empolgação desaba com a revelação de que a recém-chegada é sobrinha do "recluso" da cidade, Macon Ravenwood. Integrante de uma família misteriosa com segredos alimentados pela fofoca local.

A maçante vida de Ethan começa a traçar os rumos desejados a partir do momento em que um misterioso acidente procede em sua sala de aula e sua cobiçada recém-chegada começa a fazer parte de sua vida e relutantemente incluí-lo na dela. O menino eufórico acaba por descobrir traços sombrios em Lena, dos quais nem os maiores especuladores da cidade seriam capazes de se quer imaginar.

Com a amizade já em um estado avançado, Ethan e Lena encontram na propriedade vizinha à Ravenwood, Greenbrier, um estranho medalhão que ao desenrolar da história fará parte do grande quebra-cabeças que é a vida de ambos. Ele coincidentemente pertencia a um parentesco dos dois. Um soldado confederado, parte da família de Ethan, mas que havia sido retirado de sua árvore genealógica, por parar de lutar contra o que não acreditava, e de Genevieve Duchannes, prima de Lena. Os dois viviam um amor impossível, entre Conjurador e mortal, assim como os dois vivem agora. Lena e Ethan acabam por descobrir que os parentes distantes se amavam, mas que em um conflito da Guerra Civil Americana, que passava devastando todas as cidades do sul, sem exceção a Gatlin, acabou por matar o Soldado Confederado, e então a garota Duchannes, decide usar o Livro das Luas, poderoso livro de magia das Trevas para trazer de volta seu amado, mas você tem que dar à ele, o que mais deseja, ou o que mais ama,e assim a garota tem de dizer adeus a Luz e torna-se uma conjuradora das Trevas.

Mas os problemas não acabam por ai, a Mansão Ravenwood recebe uma nova familiar, mesmo que não bem vinda, Ridley, uma Sirena. Sirenas são conjuradoras que tem o poder de controlar a todos a sua volta. A atraente Conjuradora das Trevas chega à casa de Macon Ravenwood durante um jantar que reúne toda a família. O que os intriga é que Ravenwood é protegida por uma forte barreira protetora, que mantem todos os conjuradores das Trevas distantes, mas há uma exceção, eles podem entrar se forem convidados, e com seu poder de persuadir facilmente os mortais, Ridley usa Ethan para entrar na casa, o que deixa os nervos de Lena à flor da pele.

Ridley não é bem vinda na familia por vários motivos. O mais óbvio se dá por conta de ser uma Conjuradora das Trevas, e um motivo peculiar que Lena mal sabe, mas envolve seu próprio passado, é que a familia tem medo que Ridley esteja aliada à Sarafine, mãe de Lena (vale lembrar que Lena sempre achou que a mãe havia morrido com o pai em um acidente de carro). O problema em Lena conhecer Sarafine é que a mesma é conhecida no mundo Conjurador como a maior e mais terrível Conjuradora das Trevas, e colocá-las frente-a-frente nas vésperas da 16º lua de Lena é desesperador, pois Sarafine pode influenciar a filha a tornar-se das Trevas.

Lena percebe o perigo em que está e precisa afastar-se de Ethan antes que ele se machuque, mas não dura muito. Lena entende que, se há pouco tempo até a grande decisão de sua vida, ela quer aproveitar esse pouco tempo com Ethan. Os dias ficam cada vez mais aterrorizantes para todos na familia até que chega o aguardado momento. A história conta desde o começo com muita ação entre todos os personagens, mistérios e é claro, não pode-se deixar de retratar a ansiedade do leitor.

Lena, diferentemente do que pensava, tem controle sobre seu futuro, ela pode escolher a Luz ou as Trevas, mas qualquer decisão que ela tome, independentemente de qual for, trará consequências devastadoras, e perdas serão inevitáveis. Lena acaba ganhando um presente, mas a agonia só continua. A 16ª lua de Lena é adiada, mas agora a dor da espera pela 17ª é apenas o começo. Dezesseis Luas é só o começo das incontáveis vezes em que nós leitores podemos olhar para um livro e torcer para acabar e descobrir o fim, mas quando o fim realmente chega, temos que ser fortes para viver sem Lena e Ethan.

Eu queria vê-la. Tinha sido um dia longo e chato na Jackson sem o Furacão Lena, e eu estava começando a tentar entender como aguentei oito tempos sem todos os problemas que ela causava para mim. Sem todos os problemas que ela me fazia querer causar a mim mesmo. 

Um livro empolgante e que te prende da primeira a última página. Te envolve em um mundo totalmente novo e surpreendente. Onde os acontecimentos não podem ser previstos antes de acontecerem. Uma surpresa atrás da outra. Incrível! Todos os personagens são mega importantes para o desenrolar da história, inclusive Marian, a bibliotecária e amiga da mãe de Ethan. É incrível como um fato é ligado a outro.

O maior ser das trevas, o poder mais próximo do mundo e do submundo, o Cataclista. O maior ser da luz, o poder mais próximo do mundo e do submundo, o Natural. Onde não há um, não pode haver o outro, pois sem trevas não pode haver luz. 

Queria agradecer imensamente à meu amigo Rodolpho Cardoso, que me emprestou o livro "Dezesseis Luas", me fazendo assim ingressar no mundo dos Conjuradores, e me impedindo de dormir à noite para não desgrudar o olho do livro um segundo se quer. E também pela sua ajuda para escrever essa resenha. Obrigada por me apresentar à esse mundo mágico e encantador de "Dezesseis Luas". Você é demais!

7 comentários:

  1. Por nada! Agradeço pelo ''Inferno'' que me colocou também :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. ahahaha Dan Brown é magnífico, e Inferno é um dos melhores livros que alguém poderia ler! Conta comigo sempre Illu <3

      Excluir
  2. Respostas
    1. Finalmente estou te convencendo? ahahahahaha
      Compre sim! Eu particularmente adorei!

      Beijo ❤

      Excluir
  3. Só n o compro pq dps vou querer todos da saga!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Isso é verdade! É impossível ler apenas o primeiro! ahahahaha

      Beijo! ❤

      Excluir
  4. Um dia ainda vou ler essa saga, prometo.

    ResponderExcluir